Gerencia De Projetos

Essa será uma não tão longa reflexão sobre a minha visão acerca de Gerentes de Projetos.

Existem diversas ramificações e atribuições que surgem de um gerente de projeto, sendo a mais comum um gerente de projetos dentro de um produto. Essa reflexão não é direcionada a ninguém em específico, apenas a minha visão que eu tenho sobre essa tarefa.

O que um Gerente de Projeto deve fazer?

Um gerente de projeto deve essencialmente em uma visão sem muito aprofundamento, direcionar o projeto e os desenvolvedores. Essa pessoa deve trabalhar proximamente da equipe de suporte ou a equipe mais próxima ao usuário para entender quais as mazelas acontecendo no produto. Ele também deve trabalhar de forma muito próxima aos desenvolvedores e a equipe de design dela, de forma a poder compreender onde nesse vasto campo é possível conciliar essas necessidades quase que antagônicas.

É o trabalho desse gerente cruzar essas informações de forma a gerir um direcionamento saudável entre as duas equipes. Isso é tudo.

Como ele deve proceder com essa informação?

Vamos pensar na seguinte ideia. É fartamente divulgado por aí, que não se deve gastar tempo de desenvolvimento em reuniões “inúteis”. Apesar de algumas variadas objeções acerca dessa ideia, em especial de que ela gera uma alienação de quem de fato produz o trabalho, vamos tomar ela como algo verdadeiro e universal. “Não se deve gastar tempo produtivo de desenvolvedores em reuniões inúteis, do ponto de vista de desenvolvedores”. Considerando essa hipótese, um gerente de projeto tem uma taref informações e direcionamentos dos assuntos discutidos naquela reunião para os desenvolvedores apenas “consumirem” os encaminhamentos da reunião. Para executar essa tarefa um gerente tem que utilizar a ferramenta mais importante sob seu cinto de ferramentas: a organização.

Veja bem, um gerente de projeto, e eu acho que quaisquer gerente, são reconhecidos pela sua organização e seu metodismo. Em diversos lugares, um gerente é em geral aquele trabalhador que se destaca pelas suas qualidades de organização e em geral é aquele que melhor consegue alocar as qualidades dentro de seus colegas. É impossível gerenciar algo se você não sabe onde se está indo e onde você está. Logo, é mais do que necessário ter os princípios básicos de organização na ponta dos dedos.

Vamos a um exemplo prático. Durante uma reunião, um gerente de projeto deveria tentar raspar quaisquer e toda informação jogada a ele, já que poderia se fazer necessário para trocar concessões e ajuda entre as equipes de design, desenvolvimento, vendas, e quaiquer outro tipo de equipes que exista dentro do seu produto. Um gerente deve ter um calendário bem organizado com suas agendas de reuniões e saber o que está acontecendo entre os desenvolvedores e quais os futuros planos do projeto. Não existe outra forma além disso.

Esse na verdade, é inclusive um princípio básico de espaços de auto-gestão e de organização popular. Quaisquer reunião de um conselho, organização partidária, coletivos exige um relator da reunião, processo de informes, discussão da pauta, encaminhamentos. A falta disso não significa menos burocrácia. São processos que são pensados de forma a empatizar com os participantes e ter um “centro de verdade/referencia” ao que foi discutido naquela plenária.

Note que na minha concepção de gerência, ela lida com duas armas fundamentais: organização e documentação.

Em suma, o Trabalho de um Gerente de Projeto deve ser de organizar as equipes e documentar o trabalho a ser executado, criar processos para lidar com as necessidades de trabalho de cada equipe e gerar mecanismos de análise e defesa de onde que as coisas estão funcionando e quais processos não contribuem para uma melhor coesão entre as diversas equipes que tem dentro de um projeto.